quarta-feira, 27 de julho de 2011

Traição

Foi a primeira a saber de tudo.
Por um segundo ficou sem fôlego.
Um terço nas mãos e uma oração dita aos céus.
No quarto coroas de flores, velas e as carpideiras.
O quinto dos infernos era onde ele devia estar.
O sexto sentido já tinha lhe avisado disso...
Do sétimo céu a queda nunca cessa.
Ou oito ou oitenta... A vida é assim.
A morte mais simples.
A novena mastigada entre os dentes miúdos.
Era a última da mesa.

Marton Olympio
Rio de Janeiro - RJ

3 comentários:

Gerusa Leal disse...

Bom o lirismo poético pra quebrar o prosaico da prosa :)

Marton Olympio disse...

Pô Gerusa, desenvolve ae que o escritor se envaidece :)

Beluska disse...

Gostei.