quinta-feira, 31 de março de 2011

Death Proof


Tenho mania de rever filmes que gosto, uma infinidade de vezes. Talvez herança de Raymundão (meu pai) que desde criança me relatava as incontáveis vezes que assistiu em Jacareí - SP (sua cidade natal) o filme “Sete Noivas para Sete Irmãos” (musical que comprei há pouco tempo, mas ainda não tive tempo de rever).

Só agora penso num paralelo a esses musicais que meu progenitor sempre fora fã com os filmes que tanto adoro hoje: A música. Sai a Broadway e entra a cultura pop. Músicas que gosto ou que ainda vou passar a gostar a partir dos filmes.

Existem várias películas que ganham espaço na minha filmoteca por conta da trilha sonora. Na maioria das vezes os filmes também me agradam. Não sei se pela colocação exata das músicas nos momentos certos, não sei se pelo bom gosto (e bom gosto é uma coisa vaidosa), só sei que “Transporting”, “O Santo”, “Juno”, “Durval Discos”, “Corra Lola Corra”, “Alta Fidelidade”, “Piratas do Rock”, “Baile Perfumado” para citar o que lembro agora são exemplares de casamentos perfeitos.

Mas nenhum cineasta é tão cirúrgico neste assunto quanto é Quentin Tarantino. Além de diretor com personalidade é ele quem escolhe o som que vai rolar. E haja sonzeira. Antes de ir para o Rio, vi pela primeira vez Death Proof (para mim, já um clássico) e fiz festa em meus ouvidos calejados, com uma trilha de arrepiar. Filme e trilha perfeitos. Tarantino com seu humor e violência sempre me presenteia com surpresas. E não foi diferente desta vez. Surpresas esperadas como a ressurreição de atores já meio acabados em Hollywood, como foi com John Travolta, Pam Grier, Robert Forster e neste filme com Kurt Russel , mas também com uma inesperada trama ou fim.

Neste longa Tarantino esbanja musicas fantásticas entre seus tradicionais diálogos imensos e cheios de impressões pessoais sobre o mundo pop, filosófico ou banal. Mais uma vez acerta a mão, surpreendente, ousado, inteligente e acima de tudo, divertido.

Deixo aqui minha sugestão, assistam sem preconceito. Ou com todo conceito já formado sobre os filmes do feioso ex-atendente de locadora. Falem até mal do filme. Tirem as crianças da sala. Mas aproveitem a trilha sonora que deixo aqui para vocês baixarem. Marra é pouco. Como diria o fotógrafo Maurício Valladares (do também surpreendente programa de rádio Ronca Roca) é de tirar pica pau do oco!


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